E, desta vez, será sobre pintura.
Você pode estar se perguntando o que pintar tem a ver com dor, não é mesmo? Mas acredite que há relação entre eles.
Pra facilitar, vou contar apenas uma história. Um americano chamado Mark Collen de 47 anos, portador de dor crônica no nervo ciático, enfrentava o desafio de transmitir ao seu especialista o que sentia. Sem conseguir fazer com que seu médico entendesse sua dor, seu tratamento sempre era ineficaz. Essa dificuldade inspirou Mark a retratar seus sentimentos por meio da pintura e isso permitiu que as pessoas que cuidavam dele compreendessem melhor o que ele realmente sentia. Assim, em 2001, juntou-se com outros artistas que sofriam de dor crônica e elaborou uma coletânea de arte dedicada a nada menos do que a dor. E, por fim, em 2012 fundou o painexhibit.org, uma exibição virtual de arte sem fins lucrativos com o intuito de educar as pessoas, por meio da pintura, sobre o que é a dor crônica, além de dar voz àqueles que dela sofrem.
Estes são dois dos diversos quadros publicados. Eles são auto-retratos muito expressivos, que tornam mais fácil a compreensão do que acontece no íntimo do artista durante as crises de dor.
Gregory Maskwa. Ontario, Canada "Things Could Be Worse" |
Ellen Rogers. Portland, Maine "Migraine3" |
Está aí uma das importâncias da arte no tratamento da dor, a capacidade de tornar palpável algo subjetivo, que muitas vezes não tem palavras capazes de descrever e nem escala para medir a intensidade.
Em breve, a dor crônica terá uma matéria só para ela, além do mais não adianta compreender o que alguem que sofre dela sente e não saber do que se trata, não é mesmo? Até lá, você teria algum caso para compartilhar? Conhece alguém que sofre de dores constantes? O que esse alguém faz para encontrar alívio?
Comentem!
Ah, gostou dos quadros ou se interessou pelo assunto? Visitem o PainExhibit.org. Ajudem-nos a expalhar sua mensagem e explorem suas galerias!
Excelente iniciativa. Parabéns a todos os envolvidos.
ResponderExcluirMuito interessante essa relação de arte c dor!
ResponderExcluirIsabele Freitas