domingo, 28 de junho de 2015

Insensibilidade Congênita à Dor


Sentir dor é bom ou ruim? 

Sempre vemos pessoas reclamando de dores. Reclamam de dor na cabeça, na coluna, dói pra sentar, dói para levantar... Quem sente dor frequentemente, diz que é insuportável. Porém, como seria então não sentir dor?

Lúcio, aos 7 meses de idade, teve os seus primeiros dentes de leite. Um dia, ao chegar em casa, seus pais se deparam com uma cena que parecia ter sido tirada de um filme de terror: o garoto tinha dilacerado a própria língua à mordidas e quase se engasgou no próprio sangue. Então, surge a pergunta: Como um bebê pode ter feito isso? Ele não sentiu dor? Não, ele não sentiu nada. 

Lúcio, assim como outros 300 em nosso mundo, sofre de uma doença extremamente rara, Insensibilidade Congênita à Dor (CIPA em inglês). Um distúrbio nervoso que impede a sensação de dor, calor, frio ou qualquer sensação nervosa. Pessoas que sofrem de CIPA podem quebrar uma perna durante uma partida de futebol e continuar jogando até o ponto de destruir o osso e não conseguir mais se movimentar. Elas se queimam, cortam, lesam e não sentem absolutamente nada, o que favorece o aparecimento de infecções. CIPA é causada por uma mutação genética que impede a formação de células nervosas responsável pela transmissão dos sinal já citados. A desordem é autossômica recessiva e não aparenta ter nenhuma ligação com etnicidade, apesar de ser mais comum em populações onde as relações entre familiares é uma prática aceita. Geralmente, a vitima de CIPA sobrevive até os 3 anos de idade.

Lúcio escreveu seu dia a dia em um diário, mostrando o que seria uma vida sem dor

  • Olhos feridos - Não pude fazer a prova na escola porque acordei com os olhos muito inchados. Minha mãe acha que ando coçando os olhos sem me dar conta. Espero que não tenha de usar óculos de natação, como no ano passado.
  • Sangue Misterioso - Cheguei em casa. Meu pai olhou para mim e gritou. Tinha um filete de sangue no canto da minha cabeça. O alívio foi quando vimos que o machucado, que até agora não sei quando nem como aconteceu, era na orelha e não muito profundo.
  • Almoço forçado - Estou com um relógio medonho no pulso. De duas em duas horas ele apita para me lembrar que preciso comer. É que eu dificilmente sinto fome – e já perdi 6 quilos em apenas um mês.

CIPA parece ter saído de um filme, pois seus casos sempre envolvem histórias fortes. Tanto que já foi tema dos seriados House e Gray's Anatomy. Além de envolver casos reais que beiram o macabro, como o de Felipe, Mexicano que se mutilava em apresentações de circo.

Então, não é que você não possa reclamar de suas dores, mas poderia ser muito pior.

Rodrigo Menezes

Referência:
http://ghr.nlm.nih.gov/condition/congenital-insensitivity-to-pain

sábado, 27 de junho de 2015

Dor Crônica (2) - Considerações Finais

Já apresentada e explicada aqui no blog, vamos dar continuação a esse tema.

Um breve resumo do que já foi dito:

Afinal o que é a dor Crônica? A resposta pronta é clara, a dor que demora de passar. Essa afirmação não deixa de estar certa. Em conceito a dor torna-se crônica quando dura mais de 3 meses, mas não é só isso. Para que você entenda do que se trata realmente, é necessário que você saiba como sentimos dor. Assim, de forma resumida, "quando um tecido é traumatizado ocorre liberação local de substâncias químicas, imediatamente detectadas pelas terminações nervosas. Estas disparam um impulso elétrico que corre até a parte posterior da medula espinal. Nessa região, um grupo especial de neurônios se encarrega de transmiti-lo para o córtex cerebral, área responsável pela cognição. Aí, o impulso será percebido, localizado e interpretado. Com a finalidade de impedir que a dor persista mais tempo do que o necessário, os sinais que chegam ao cérebro e se tornam conscientes vão estimular a liberação de substâncias chamadas endorfinas (por sua semelhança à morfina) e encefalinas, que inibem a propagação do impulso elétrico."  

Mas porque vocês precisam saber disso? Simples. A dor crônica está além da sua causa primária, podendo ser causada tanto a desordens do sistema responsável pela percepção quanto da inibição da dor. Por exemplo, um senhor está com dores por causa de uma hérnia de disco. Para piorar, ele fez um tratamento meia-boca e, por isso, está sentindo dores há mais de 3 meses. Isso significa que, infelizmente, tratar a hérnia não resolverá as dores do nosso amigo, pois acontece uma sensibilização do sistema nervoso central, o que apelidam de "memória da dor", constituindo um tipo de dor crônica. 

Mas como assim uma "memória da dor"? Basicamente quando os sinais de dor são gerados repetidamente, os circuitos nervosos sofrem alterações que os tornam hipersensíveis aos estímulos e mais resistentes aos mecanismos inibitórios da dor. Disso resulta uma espécie de memória dolorosa guardada na medula espinal. E, segundo estudos recentes, está memória dolorosa é muito semelhante a uma memória intelectual, sendo os mediadores químicos das duas equivalentes.  

Sabendo disso, torna-se evidente que a Dor Crônica merece ser elevada ao patamar de doença. Pois, a dor aguda tem um sentido, o sentido de alertar, de nós mostrar que algo está errado. Já a crônica  deixa de ser um alerta e passa a ser uma causa de debilidade, com consequências no nosso estado físico, psicologico e comportamental.   

Não pode ser confundida com um quadro psicológico e muito menos mascarar um caso de dor aguda. A dor crônica merece devida atenção.

Agora que essa "nova doença" foi apresentada, uma ênfase no seu tratamento: o processo de cura é lento e apenas remédios não vão resolver. A medicina, em geral, já se direcionou por este caminho: O caminho da multidisciplinaridade, no qual diversos profissionais atuam com o objetivo único de tratar o paciente. Esta pratica combina os medicamentos com atividade física, fisioterapia, acompanhamento psicológico e acupuntura, trazendo resultados muito positivos.
Em pesquisa, foram explicitados os erros principais no tratamento da dor crônica e estes se resumiram na má adesão ao tratamento multidisciplinar.

  • Esperar a dor passar: já foi dito que a dor crônica envolve processos de memória. Esperar a dor passar não é a resposta.
  • Não se exercitar e pular a fisioterapia: o paciente impaciente. A fisioterapia e exercícios físicos demoram um pouco para fazer efeito, mas preservam fim e fígado da ação exagerada de medicamentos.
  • Ignorar os tratamentos complementares: pacientes que não acreditam em meditação e acupuntura. Essas duas praticas são muito comuns e seus resultados são comprovados e publicados no The Journal of Pain. Quando pontos especiais do nosso corpo são pressionados, ocorre a liberação de neurotransmissores analgésicos.
  • Automedicação: pratica comum entre nós brasileiros. Sentiu uma dor que acha comum, como uma dor de cabeça, e já busca um analgésico qualquer, na dosagem que acha correta. Mas é se essa dor tiver uma causa específica? Ela evoluirá para um caso mais grave. 

Portanto, não descuidem-se quanto as suas dores. O problema pode ser e ficar mais sério.


Rodrigo Menezes

Referências: 
http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/paginas/dor-cronica-e-doenca-voce-sabia.aspx
http://www.webmd.com/pain-management/guide/understanding-pain-management-chronic-pain

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Dor de Coluna

DOR DE COLUNA


Responsável pela sustentação e movimentação do corpo, a coluna vertebral une delicadeza e resistência. É delicada porque entre suas 33 vértebras passa a medula espinhal - estrutura sensível que funciona como canal de comunicação entre o cérebro e as demais partes do corpo. É resistente porque representa 40% do tamanho do ser humano e proporciona a flexibilidade e os movimentos realizados pelo corpo.


As dores
É comum ouvir as pessoas queixarem-se de dor na coluna. Elas podem ser consequência de noites mal dormidas, vícios posturais e esforço acima do normal, entre outros “Em geral são passageiras. Mas, se forem intensas e repetitivas merecem a atenção de um especialista”, ensina o dr. Goldenberg.
Para facilitar a compreensão das dores e suas causas, foram divididas em três segmentos, correspondentes às partes da coluna:
lombar: localizada acima do quadril
dorsal: parte central das costas
cervical: fica entre a cabeça e o tronco

Dor lombar: está entre as dores que mais acometem o ser humano, perdendo apenas para a cefaleia. Atinge 80% da população adulta com menos de 45 anos. Chamada de lombalgia, afeta a coluna lombar e não é doença, mas um sintoma que pode ter mais de 50 causas diferentes.

Dor dorsal: menos frequente, apresenta características próprias. A dor acomete a região torácica posterior (região das costas).

Dor cervical: é caracterizada por dor e rigidez transitória na região entre o tronco e a cabeça e tem causas diversas. Costuma se manifestar mais em idosos, profissionais que executam atividades braçais ou que adotam vícios posturais.

Ao longo do dia, quantas vezes é preciso sentar, levantar, entrar e sair do carro, carregar sacolas pesadas ou pegar algum objeto que caiu no chão?
Todas essas ações têm como protagonista a coluna. E cada vez que são realizadas de forma incorreta, prejudicam a postura e, consequentemente, a coluna. Esse desgaste, somado durante anos, pode resultar em problemas como a escoliose.
Há alguns fatores de risco que colaboram para causar dores na coluna:
Excesso de peso
É o maior inimigo da coluna. Como explica o dr. Goldenberg em seu livro, ao aumentar 10 quilos do peso adequado, o risco para a coluna aumenta em 25%.
Sedentarismo
A coluna agradece a prática de exercícios. Vários fatores fazem das atividades físicas grandes colaboradoras do corpo. Entre eles: fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade e melhora da irrigação sanguínea das fibras musculares da região dorsal.
Carregar peso de forma excessiva
Apoiar bolsas ou sacolas pesadas em um só lado do corpo pode agravar as dores na coluna.
Cigarro
Tem substâncias que prejudicam a circulação sanguínea. A menor irrigação dos vasos nos discos vertebrais que protegem a coluna faz com que esses percam a maleabilidade. Como sua função é absorver os impactos que a coluna sofre no dia-a-dia, é como se ficássemos sem nosso “amortecedor” natural.
Idade
É o único fator de risco que não pode ser alterado. As pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de sofrerem de dores na coluna. O que pode ser feito é desenvolver a consciência corporal ao longo da vida.
Falta de consciência corporal
Saber como levantar da cadeira e da cama, como se sentar adequadamente, como se vestir e até escovar os dentes e cortar os alimentos fazem parte da consciência corporal.
Reeducação Postural
Adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar atividades físicas, manter o peso adequado e não fumar colaboram para a saúde da coluna. Entretanto, boa parte das dores é causada por problemas de postura incorreta. Nesses casos, além dos hábitos saudáveis é preciso se valer da reedução postural.

 “As pessoas são muito mal orientadas em relação à coluna e seus problemas e não sabem como se cuidar”, afirma Dr Marcelo Wajchenberg , ortopedista, traumatologista e médico do protocolo de coluna do Einstein.

Tratamento

O repouso é eficaz tanto nas lombalgias, como nas lombociatalgias e ciáticas. Ele não pode ser muito prolongado, pois a inatividade tem também a sua ação deletéria sobre o aparelho locomotor. Assim que a atividade e a deambulação forem possíveis, o tempo de repouso pode ser encurtado e o paciente deve ser estimulado a retornar às suas atividades habituais, o mais rapidamente possível. Este aconselhamento resulta em retorno mais rápido ao trabalho, menor limitação funcional a longo prazo e menor taxa de recorrência.
O posicionamento em repouso, principalmente nas hérnias discais, geralmente é feito com o corpo em decúbito supino, com joelhos fletidos e pés apoiados sobre o leito e/ou com flexão das pernas num ângulo de 90o com as coxas e, um mesmo ângulo destas com a bacia, objetivando a retificação da coluna lombar (posição de Zassirchon). Nestas posições, ele reduz de forma expressiva a pressão sobre os discos intervertebrais e a musculatura paravertebral lombar. A sua duração é variável, dependendo do tipo da doença e da intensidade da dor. Em média, deve ser de três a quatro dias e, no máximo, de cinco a seis dias. Nos casos em que a dor continua intensa, os movimentos e a deambulação difíceis, ele pode ser prolongado, pois cada caso é um caso.
A educação e o esclarecimento dos pacientes são fundamentais para a sua reabilitação. Estudos de meta-análise demostram evidências de que as “Escolas de Coluna” têm a curto prazo melhores resultados que as outras formas de tratamento. Existem ainda moderadas evidências que as “Escolas de Coluna” em lombalgias por problemas ocupacionais são mais efetivas que recursos placebo ou que deixar os pacientes em lista de espera.

Resultado de imagem para dor nas costas
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Bibliografia:
www.einsten.br/einsten-saude/bem-estar-e...de.../dor-nas-costas.aspx
www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/072.pdf

terça-feira, 23 de junho de 2015

Dor do câncer

E o câncer?



Como muitos sabem o câncer ocorre devido a uma multiplicação desenfreada de células que sofrem metástase, conhecido como um tumor maligno. Se um tumor cresce tanto a ponto de atingir um órgão ou exercer pressão sobre um nervo ou danifica-lo, ele provoca dor.
A dor do câncer é um dos sintomas mais temidos pelos pacientes. Vista como inútil e desumanizante, ela pode acarretar em muito sofrimento para o indivíduo. É classificada quanto a intensidade de moderada a grave e quanto ao tipo, poder ser classificada em:


Dor nociceptiva – causada por lesões em tecidos do corpo; geralmente descrita como aguda, dolorida ou latejante. Pode ser causada pela propagação do câncer nos ossos, músculos ou articulações, ou algo que cause o bloqueio de um órgão ou vasos sanguíneos.

Dor neuropática – causada por lesões reais nos nervos; frequentemente descrita como uma queimadura ou sensação pesada, ou dormência. A dor neuropática pode ser causada por um tumor cancerígeno que pressione um nervo ou grupo de nervos.

Alguns tipos de câncer doem mais do que outros. Isso vai depender da região atingida e não da agressividade provocada pelo tumor. Sendo assim, cada tipo de dor vai ter um tratamento especifico. Esse tratamento depende da origem da dor e da saúde do paciente. Existem combinações de medicamentos e meios de proporcionar um maior conforto ao paciente.

A dor pode ser tratada com o tratamento do tumor, reduzindo a inflamação; mudando a percepção da dor com o uso de medicamentos; intervindo com sinais enviados ao cérebro, pela coluna ou pelo bloqueio de nervos. De modo geral, os analgésicos são bastante utilizados, assim como os anti-inflamatórios. Em alguns casos o médico pode prescrever os medicamentos adjuvantes, que são utilizados para intensificar o efeito analgésico de outros medicamentos ou controlar sintomas e efeitos colaterais. Estes medicamentos têm mecanismo de ação diferente dos analgésicos e geralmente são usados em conjunto com estes, não devendo ser esse fato interpretado pelo paciente como excesso de medicamentos.

O não controle da dor no câncer também pode se associar com o significativo aumento dos níveis de depressão, ansiedade, hostilidade e somatização. Há evidências de que os pacientes com dor causada pelo câncer apresentam mais distúrbios emocionais que os pacientes com câncer sem dor. A dor psíquica, ou sofrimento, pode determinar um importante papel na qualidade de vida do paciente. Ignorar esse tipo de dor é tão perigoso quanto ignorar a dor somática. A dor física e a dor psíquica estão intimamente relacionadas, o que mostra uma importância da interdisciplinaridade na abordagem do paciente com dor oncológica.



Érica Prazeres






Referências:

Equipe Oncologia, Dor. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dor/208/109/ , acessado em 23/06/2015.

Cibele Andrucioli de Mattos Pimenta1, Dor no doente com câncer: características e controle. Disponível em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_43/v01/artigo2_completo.html , acessado em 23/06/2015.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Analgesia congênita

 O PERIGO DE NUNCA SENTIR DOR




Você já pensou como seria nunca sentir dor em toda a sua vida? Apesar de parecer algo muito bom, na verdade não é. Especialista alerta sobre como sentir dor é importante para nossa sobrevivência: a analgesia congênita é uma doença que incapacita o indivíduo de sentir dor e cujas consequências vão de graves machucados até a morte.


Como explica o neurocirurgião funcional especialista em dor, Dr. Claudio Fernandes Corrêa, a analgesia congênita é causada por uma disfunção do sistema nervoso central que impede a pessoa de sentir qualquer estímulo doloroso, seja ele um corte, fratura ou queimadura, o que consequentemente expõe o indivíduo a riscos constantes e ferimentos graves que podem evoluir para infecções e amputações de membros.
Por este motivo, as pessoas com analgesia congênita precisam de atenção constante, pois não apenas as mais simples atividades cotidianas podem representar riscos, como também outras doenças em que a dor funciona como um alerta para que se possa procurar ajuda. “Um exemplo neste sentido seria uma apendicite, que precisa ser rapidamente operada e cujo sintoma se dá basicamente pela dor. Ao não senti-la, o quadro tende a evoluir para supuração do apêndice e morte do indivíduo, sem que ele tenha tido a consciência do problema”, alerta o médico.
“Os maiores riscos da doença se dão na infância, pela dificuldade natural de a criança identificar os perigos e até mesmo querer desafiá-los, muitas vezes querendo se exibir para amiguinhos ou familiares”, explica Dr. Claudio Corrêa.

Como a analgesia não tem cura, é importante que o indivíduo tenha acompanhamento multidisciplinar liderado pela psicoterapia, para o melhor entendimento e manejo das situações de perigo, bem como a melhor condução dos tratamentos de seus ferimentos. Desta forma, o médico orienta a reflexão para quem sente dor ocasionalmente ou até mesmo para quem apresenta dor crônica, que embora viver com dor seja muito ruim, o extremo de viver sem ela é muito pior.


Dr. Claudio Fernandes Corrêa é o idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes. Com mais de 30 anos de atuação profissional, realizou mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de Medicina. Especializou-se no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional – no que se tornou uma das principais referências no Brasil e também no Exterior.



Daniela Santana






Referencias:
Dr Corrêa Fernandes, Claudio. Tudo Sobre dor. Disponível em: <www.claudiocorrea.com.br>. Acesso em 4 jun 2015.
Dr Corrêa Fernandes, Claudio. O perigo de nunca sentir dor. Disponível em: <http://www.plenamulher.com.br/Conteudos.aspx?i=7865>. Acesso em 4 jun 2015





terça-feira, 2 de junho de 2015

Ibuprofeno ou Paracetamol



Ibuprofeno ou Paracetamol?! Qual a diferença desses dois analgésico?

     

          
   Os analgésicos são os medicamentos que agem aliviando a dor. Dentre os medicamentos temos o Paracetamol e Ibuprofeno, que são os mais comuns no mundo e comumente usados para o alívio da cefaleia, cólica ou febre, por exemplo.        
    O mecanismo de ação do Paracetamol se dá, predominantemente, inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao nível periférico. Nos adultos, é um remédio utilizado para o alívio temporário de dores leves a moderadas, cefaleia, resfriados comuns, dor de dente, redução da febre (antipirético) etc.
           O Ibuprofeno ele também tem ação redutora sobre as prostaglandinas e é usada para conter dores leves e moderadas, associadas a gripes e resfriados, dor de garganta, cefaleia, dor de dente, febre e outras. Porém, segundo estudos do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS), os medicamentos chamados de anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, parecem funcionar melhor se a causa da dor for inflamatória, como artrite ou lesão.
          A partir de uma matéria publicada pela revista BBC Brasil, com base em estudo feito pela NHS, as vantagens e as desvantagens do uso desses dois medicamentos são: 




            A partir dos pontos analisados, é possível ver que ambas as substâncias têm aspectos positivos e negativos. No entanto, é de suma importância ressaltar que o uso dos dois remédios acima se dê sobre as doses corretas, seguindo às orientações da bula. Caso as suas dores persistirem, por favor, procure o seu médico! O uso desses medicamentos jamais deve ser excessivo ou prolongado, tendo em vista os efeitos colaterais.

Referências:

OLIVEIRA, Luiz Fernando. Farmacologia da Dor. Disponível em: <http://www.saerj.org.br/download/livro%202003/2_2003.pdf>. Acesso em: 31 de Maio de 2015;

“Ibuprofeno ou paracetamol? Saiba quando tomar um ou outro.” BBC Brasil. 24 de Maio de 2015. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150518_ibuprofeno_paracetamol_pai#orb-banner >. Acesso em: 31 de Maio de 2015.

Thainara Santos