sexta-feira, 22 de maio de 2015

Cefaléias e enxaquecas

Ai que dor de cabeça!!!



Nesse post vamos falar um pouco mais sobre a Dor de Cabeça (cefaleia), um mal que acomete milhares de pessoas, não há aquele que nunca tenha sofrido, nem que seja, de uma pequena dor de cabeça. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia, estima-se que a prevalência da queixa de dor de cabeça, ao longo da vida seja de 93% nos homens e 99% nas mulheres e que, 76% do sexo feminino e 57% do masculino, tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês. Já a enxaqueca (que é um tipo específico de dor de cabeça), a prevalência geral ao longo da vida é de aproximadamente 12% (18% entre as mulheres, 6% nos homens e 4% nas crianças).
Existem mais de 200 tipos de dor de cabeça. Seus sintomas de dor de cabeça podem ajudar o médico a determinar a causa e o tratamento adequado. A cefaleia pode ser dividida em dois grupos:


  • 1.       Cefaléias primárias: Onde a própria dor de cabeça é a doença a ser tratada. Exemplos: Enxaquecas, cefaléia do tipo tensional, cefaléia em salvas, cefaléias trigêmino-autonômicas, neuralgias e dores faciais.
  •  2.       Cefaléia secundária: dor de cabeça causada por uma outra doença, que pode ser um trauma craniano, doenças circulatórias que afetam a circulação do cerebro, tumores cerebrais, ingestão ou exposição a produtos químicos nocivos e tóxicos, infecções etc. São menos frequentes que as cefaléias primárias.


Determinar o tipo e possivelmente a causa da dor de cabeça é o primeiro passo para um tratamento correto. A medicação analgésica comum (Neosaldina, Dipirona, Dorflex, etc) não faz a distinção, alivia os sintomas transitoriamente podendo complicar cefaléias primária e atrasar o diagnóstico das secundárias. Chamo atenção, entretanto, que não precisa se preocupar com qualquer dor de cabeça! Há algumas características que podem fazer você procurar o médico, se você apresenta algum dos sinais, fique alerta:
  • 1.       Cefaléia de início recente. Como as cefaléias primárias costumam se repetir e acometerem os indivíduos ao longo de períodos de tempo muito longos (às vezes, toda a vida), quanto mais recente é o início de uma dor de cabeça, maior a chance de se tratar de uma cefaléia secundária.
  • 2.       Cefaléia pré-existente que apresenta modificação nas suas características habituais. Se a dor muda de características, pode-se na verdade estar diante de uma nova forma de cefaléia e, nesse caso, vale o que foi dito para as cefaléias de início recente.
  • 3.        Cefaléia com intensidade progressivamente maior ao longo dos dias ou semanas. Essa é uma característica marcante, embora não obrigatória, da cefaléia da hipertensão intracraniana e deve ser investigada.
  • 4.        A primeira ou a pior dor de cabeça da vida.
  • 5.        Associação de dor de cabeça com febre, vômito (exceto se já ocorrem há muito tempo, de forma repetida, junto com as dores de cabeça, sem deixarem conseqüências, como ocorre na enxaqueca), rigidez do pescoço, visão dupla, estrabismo, paralisia facial, queda da pálpebra, diferença no tamanho das pupilas, crises epilépticas, confusão, alterações cognitivas e comportamentais ou qualquer outro sintoma neurológico.
  • 6.       Cefaléia de início após os 50 anos. A maioria das cefaléias primárias tem início antes dessa idade.
  • 7.       Cefaléia que ocorre durante esforço físico, atividade sexual ou tosse. Existem formas benignas de cefaléias que ocorrem com o esforço, atividade sexual e tosse, mas essa é uma queixa que deve ser investigada.


Eu tenho cefaleia tensional ou Enxaqueca?!
Normalmente a dor típica da enxaqueca é pulsátil, latejante, forte e ocorre apenas de um lado. A luz e o barulho incomodam, a pessoa pode apresentar náusea, vômitos e a dor piora com o exercício físico ou atividades rotineiras. A cefaléia tensional apresenta dor fraca, não latejante, é mais frequente dos dois lados da cabeça, não provoca náuseas e o barulho e a luz não incomodam.
Na cefaleia tensional, a dor classicamente é em peso ou aperto, freqüentemente é bilateral ou sentida na cabeça toda. A duração é variável, podendo durar de 30 minutos até 7 dias consecutivos. As crises geralmente são de intensidade fraca a moderada, é aquela dor chata que incomodo mas raramente leva o paciente ao hospital. As pessoas geralmente se automedicam com remédios vendidos sem receita médica.
A enxaqueca pode acometer pacientes de qualquer idade e ambos os sexos. No entanto é bem mais comum entre a adolescência e a quinta década de vida e em mulheres. As crises surgem geralmente após a primeira menstruação e persistem com períodos de melhora e piora até a menopausa.
Se o seu caso é de enxaqueca, não se preocupe. É importante procurar um especialista para administrar as crises, existem várias modalidades de tratamento, desde os mais naturais até remédios anti-depressivos e anti-epilépticos, que incomodam ao leigo escutar estes nomes. No seu dia-a-dia, durma bem, alimente-se bem, hidrate-se e faça atividades físicas, cuidados com a saúde geral também repercutem na sua dor!







Carol Lopes

10 comentários:

  1. Achei o texto bem interessante. Linguagem acessível para todos os públicos. Continuem assim.

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  2. Texto bastante completo e informativo. Parabéns.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Gostei muito do texto! Assunto muito interessante e informaçoes esclarecedoras. Parabens!

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  5. Adorei o conteúdo da postagem, linguagem clara e dinâmica. Souberam pontuar muito bem os aspectos da cefaléia!

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  6. Texto maravilhoso;bem objetivo e esclarecedor;parabéns a todos.

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  7. Parabéns, texto com informações de grande importância!

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  8. É uma dúvida frequente na sociedade enxaqueca x cefaleia, o texto foi bastante esclarecedor.
    Isabele Freitas

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