terça-feira, 23 de junho de 2015

Dor do câncer

E o câncer?



Como muitos sabem o câncer ocorre devido a uma multiplicação desenfreada de células que sofrem metástase, conhecido como um tumor maligno. Se um tumor cresce tanto a ponto de atingir um órgão ou exercer pressão sobre um nervo ou danifica-lo, ele provoca dor.
A dor do câncer é um dos sintomas mais temidos pelos pacientes. Vista como inútil e desumanizante, ela pode acarretar em muito sofrimento para o indivíduo. É classificada quanto a intensidade de moderada a grave e quanto ao tipo, poder ser classificada em:


Dor nociceptiva – causada por lesões em tecidos do corpo; geralmente descrita como aguda, dolorida ou latejante. Pode ser causada pela propagação do câncer nos ossos, músculos ou articulações, ou algo que cause o bloqueio de um órgão ou vasos sanguíneos.

Dor neuropática – causada por lesões reais nos nervos; frequentemente descrita como uma queimadura ou sensação pesada, ou dormência. A dor neuropática pode ser causada por um tumor cancerígeno que pressione um nervo ou grupo de nervos.

Alguns tipos de câncer doem mais do que outros. Isso vai depender da região atingida e não da agressividade provocada pelo tumor. Sendo assim, cada tipo de dor vai ter um tratamento especifico. Esse tratamento depende da origem da dor e da saúde do paciente. Existem combinações de medicamentos e meios de proporcionar um maior conforto ao paciente.

A dor pode ser tratada com o tratamento do tumor, reduzindo a inflamação; mudando a percepção da dor com o uso de medicamentos; intervindo com sinais enviados ao cérebro, pela coluna ou pelo bloqueio de nervos. De modo geral, os analgésicos são bastante utilizados, assim como os anti-inflamatórios. Em alguns casos o médico pode prescrever os medicamentos adjuvantes, que são utilizados para intensificar o efeito analgésico de outros medicamentos ou controlar sintomas e efeitos colaterais. Estes medicamentos têm mecanismo de ação diferente dos analgésicos e geralmente são usados em conjunto com estes, não devendo ser esse fato interpretado pelo paciente como excesso de medicamentos.

O não controle da dor no câncer também pode se associar com o significativo aumento dos níveis de depressão, ansiedade, hostilidade e somatização. Há evidências de que os pacientes com dor causada pelo câncer apresentam mais distúrbios emocionais que os pacientes com câncer sem dor. A dor psíquica, ou sofrimento, pode determinar um importante papel na qualidade de vida do paciente. Ignorar esse tipo de dor é tão perigoso quanto ignorar a dor somática. A dor física e a dor psíquica estão intimamente relacionadas, o que mostra uma importância da interdisciplinaridade na abordagem do paciente com dor oncológica.



Érica Prazeres






Referências:

Equipe Oncologia, Dor. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dor/208/109/ , acessado em 23/06/2015.

Cibele Andrucioli de Mattos Pimenta1, Dor no doente com câncer: características e controle. Disponível em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_43/v01/artigo2_completo.html , acessado em 23/06/2015.

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